SINDICATTO

Resenha: I Sindicatto Banda de Fora

22:00 by Mikhail Favalessa


(show da Rhox)

Dia 15 de agosto era mais um dia especial em Cuiabá. Como sempre, Sindicatto tomando conta do rock e mostrando o potencial em fazer eventos de pequeno e médio porte. Desta vez, o Sindicatto Banda de Fora (tipo um Sindicatto Convida mas com convidados de fora) contou com a presença da rondoniense, mais precisamente de Ji Paraná, Tatudikixuti. Mas enquanto o show deles não acontecia, saca só o que rolou.

Snorks
Por Dezão (Rhox)



Evento começando por volta das 23h, e a banda que abriu a noite foi o punk rock mais preciso de Cuiabá, Snorks. Felipe, que atualmente está no baixo, fez um show preciso, e apesar de estar debilitado (doente), conseguiu fazer o show com proeza. Edson conseguia fazer com que as estantes de pratos andassem em cima do carpete, com tanta potencia nos braços. Momentos de força como essa, fez com que a máquina de chimbau desse um probleminha. Em menos de três minutos, tudo resolvido, outra máquina e show torando. Sempre que faço as resenhas do Snorks, gosto de frizar que: Edson é o MELHOR PIVOT de Cuiabá, indiscutivelmente, sem contar com a presença de palco dos front-mans: Felipe mesmo adoentado pedindo para a galera pular e Mikhail com roupas hardcore, atitude hardcore e palhetada hardcore. Incrível como cresceu e deu cara com apenas uma guitarra o Snorks.

Veniversum
Por Mikhail (Snorks)



O Veniversum tem se destacado bastante no meio das bandas cuiabanas ultimamente, seja com a constância de divulgação (Web TV, single sendo lançado e etc.) ou com os shows impactantes. Aliás, esse foi mais um deles. Bottega se balançava a todo momento, pra lá e pra cá, e Zazu com sua perfomance death-core-from-hell também davam o toque visual pro som que vinha com pressão. E não dá pra dizer que o Veniversum seja leve: a harmonia, principalmente entre baixo e bateria, deixa o som pesado! Tudo bem equalizado, equipamentos legais, etc. gurizada profi. Até agora eles só tocaram músicas deles (e muito boas elas, diga-se de passagem), mesmo com uns pedidos de Fall Of Troy por ali – e com Tuio e Caco ameaçando “F.c.p.s.i.t.s.g.e.p.g.e.p.g.e.p”.

Tatudikixuti
Por Dezão (Rhox)



Desde o momento em que fui buscá-los, eles fresavam que realmente não se arrependiam de ter viajado 12 horas de carro para tocar em Cuiabá. Rafael ( vocalista), dizia que nunca tinha sido bem tratado como foi aqui. Vale lembrar - sem modéstia - que Cuiabá é referência em tratamento das bandas. Mesmo com longa viagem, e por isso os rapazes cansados, Tatudikixuti fez um show bacana. O som, que lembrava RATM, P.O.D e também Pavilhão 9, fez a galera que não conhecia a banda chegar um pouco mais perto para sacar tudo aquilo que estava acontecendo. Um baixo destruidor, traçando bases bem coesas e uma guitarra acompanhando toda aquela desenvoltura. Um batera simples, mas COESO e LIMPO - o que falta para MUITOS BATERISTAS: Ouvir o SOM, tocar as notas, era EXATAMENTE, isso que ele fazia, conseguia expressar o que queria nos seus tons. Acho que o show de ontem rendeu bons frutos, como o próprio Rafael disse. "Cara, vamos levar tudo que aprendemos aqui. Precisamos botar a cara a tapa lá em nossa cidade, se não ninguém vai fazer uma coisa que preste.” Com certeza foi proveitosa a vinda do Tatudikixuti, e eles devem voltar ainda... Encontro do ano que vem ta aí...

Rhox
Por Mikhail (Snorks)



Penúltima banda, horário de banda headliner. Hora de o Rhox se ajeitar no palco e mostrar porque seus shows são considerados um dos melhores por aqui. E não deu outra. O instrumental do Rhox ta pra lá de ensaiado, já chegou naquele nível que os caras tocam sorrindo (literalmente no caso do Chenson, baterista), todos bem tranqüilos só se preocupando se ta tudo nos conformes. Dezão ali na frente, desde a primeira música (Derruba Batalhão) interagindo com a galera, pulando, gritando, dando o microfone pro povo cantar, enfim, mostrando toda aquela fúria digna do Rhox. Rodinha pra todo lado, nego pulando, agitando, se debatendo. Ufa! 40 minutos de adrenalina alta! E pra terminar, fecharam ainda com “Holocausto”, só pra dar aquela última porrada na cara e deixar todo mundo tonto. Doidera demais.

Self Help
Por Mikhail (Snorks)



Eles entraram pra cobrir o lugar do Raiva em Paz, que acabou de alterar sua formação e acharam que não seria legal tocar já nesse evento. Assim, fecharam bem essa primeira edição do Sindicatto Banda de Fora. Mandaram as músicas mais novas, fazendo um set meio curto, sempre naquela pegada pesada e concisa que o Self já vem mostrando desde o Encontro Hardcore desse ano. Noite bem fechada, e agora é só esperar o Sindicatto ao Extremo, no dia 12 de setembro. É nóis!