SINDICATTO

Resenha: Gramofocas no MISC!

13:26 by Mikhail Favalessa

Por Dezão (Rhox) e Mikhail (Snorks)
Fotos: Lígia Torres (Volume Comunicação)



Eram 23:10 e começava mais um evento produzido pelo Sindicatto. A primeira banda a se apresentar foi Self Help. Digamos que a banda vai galgando seu espaço a cada dia, e QUE MUDANÇA. A banda não é mais como era antigamente, tanto na postura quanto nas músicas. Um som mais pesado, cheio de pegada, com Névio, como sempre, mostrando o ótimo guitarrista que é, e acompanhado de Monkey que sustenta a banda a cada nota dada. Show impecável e imperdível, sem sombras de dúvidas. Deu espaço até pro Enzo (Sindicatto/Comcore) entrar berrando durante uma das músicas no show.



Snorks está no top 5 do hardcore de Cuiabá. Ainda mais agora que Felipe se acostumou a tocar baixo, não há quem segura. Parece que ele já tinha feito vários shows (sendo que esse é o segundo). Isso é fruto de ensaios exaustivos e até de madrugada para aperfeiçoar a técnica. Mikhail dominando completamente o estilo, com harmonias e pegada que só o Nitrominds tem. Edson é o melhor pivôt da cidade, preciso dizer mais alguma coisa desse show? Galera ali cara a cara com a banda, cantando todas as músicas.



Podíamos dizer que além de Gramofocas a noite era do N3CR, já que foi idéia do Dezinho trazer a banda brasiliense para cá. O show começou intenso e com uma melhora significante perante aos outros shows. Edinho, cavalgava tanto na pobre condor que achei que ela fosse desmontar e pronto, corda estourada. Mas isso não atrapalhou nem um pouco o show. Davis no baixo é simplesmente de outro mundo: acompanhar punk/rock sem palheta no baixo é coisa para poucos, e ele consegue sem FRESCURAS. Dezinho está cada vez mais animado no show.
Ponto Alto: Quando tocou a música Indústria, gravada para a coletânea Hell City.



Já casando o clima meio bubblegum do show dos nativos do Cristo Rei, subiu o Gramofocas. Os caras são de Brasília e já galgaram alguns passos bem legais na cena nacional, tipo tocar pra mais de 30 mil pessoas no Porão do Rock. Não é pra qualquer um. E o show deles no MISC foi total no clima que eles já anunciam com as músicas gravadas (sempre rolam aqueles coros que te lembram um bar cheio de gente bebendo cerveja e cantando alto). O ápice disso foi quando eles tocaram “Sempre que eu fico feliz eu bebo”: galera toda cantando, aquele furor adolescente todo, e Dezinho (N3CR) no palco ajudando a reforçar o coro. Rolou até mosh do andar de cima do MISC! O Gramofocas, além do som bem feito, ainda tem um apelo visual, principalmente do baixista Paulo, muito legal: todo aquele estilo vindo do rockabilly, com topetão e tal. Show legal pra curtir junto e também pra ficar só assistindo.



Pra fechar a noite a banda caçula do Sindicatto: Aoxin, no primeiro show depois de se juntar à crew mais hardcore do extremo oeste brasileiro. E eles não decepcionaram, nem um pouco. Na cozinha, um show pesado, com todo mundo “sincado”, tocando tudo certinho. Destaque pra pegada do Luiz Paulo no baixo, e também pros duetos de guitarra que, mais do que nunca, saem muito casados. Na linha de frente, Levy e Maiko mais do que performáticos e se comunicando o tempo todo com a galera. E o público do Aoxin tava lá também, sempre cantando as músicas junto e fazendo parte do show. No final do show, pra encerrar com chave de ouro, Luiz Paulo deu jeito de estourar o cabo do baixo, mas como o show não pode parar ele se juntou à galera, cantando a música e dando uns berros sinistros! Meio insano, até.

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